sábado, 21 de setembro de 2013

Roupinha de Natal (Karina Gera)




Meu cachorrinho é feliz
tem cobertor e comida,
brinca de esconde-esconde
E alegra a minha vida

A última vez que morri (Karina Gera)





A primeira vez que morri,
Me afoguei na desilusão;

A segunda vez que morri,
Despenquei do alto do meu orgulho;

A terceira vez que morri,
Bati de frente com a mágoa;

A vida é assim,
todos os dias morremos um pouco,

Hoje morrerei pela última vez,
Para renascer amanhã
E viver para sempre ao lado do teu amor.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Barulho da felicidade ( Karina Gera)

ilustração: Karina Gera

Gosto de gente barulhenta sim, que ri alto, que demonstra os sentimentos, que ouve música boa e ruim, que bebe, que fala palavrão, que come com a mão, que se permite, que se entrega e se doa. Gosto de gente assim, que vive! Gente feliz é muito barulhenta.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

É só o amor!

"
Ainda que eu fale a lingua dos homens, sem amor eu nada seria"

In- Menção (Karina Gera)

Nem um comentário
Nem lágrimas
Nem lembranças
Um falso amor nada de mim terá!



quarta-feira, 12 de junho de 2013

Ame todos os dias (Karina Gera)





Romantismo está fora de moda, galanteio virou uma palavra esquecida no dicionário e o ritual da conquista foi abandonado. Os jovens casais querem só curtir e quando percebem, a vida já passou e nada de sólido foi construído. Beijos silenciam os sentimentos que foram entorpecidos pela facilidade de ter mais. Melhor ter vários relacionamentos do que construir um sólido. Sexo, drogas e diversão virou até tema de música. O amor será refletido em um copo de bebida, que muda a cada mesa de bar. 
Tanta mentira e traição construiu uma geração sem culpa, que caminha para um desprendimento sentimental do "não compromisso". O amor se tornou efêmero, odiado. Se ninguém quer mais amar pelo medo da decepção, então um novo sentimento se constrói, e o resultado será um mundo bem pior deixado para os filhos de mães e pais separados. Sinceramente o amor é o único sentimento em que vale a pena viver integralmente neste mundo. Se não houver mais amor não culpe o outro ou a vida, mude imediatamente! Amar sem medo é o único antídoto contra toda esta corrupção do sentimento.
Ame! Se não for amado, ame outro, mas ame!

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Vivo das letras (Karina Gera)

Por que é tão difícil falar o que se sente? Escrever sempre foi mais fácil para mim. Me expresso melhor através das letrinhas, mas sei que elas não traduzem todos os meus sentimentos. Letras não medem o timbre da minha voz, letras não transpõem minha respiração, letras não refletem o brilho dos meus olhos, mas as letras me permitem tangibilizar meus sentimentos.
Queria uma vida bem simples, fui caminhando para uma vida que não foi a que escolhi. Me lembro muito bem que certo dia um nó na minha garganta me proibiu de dizer o que eu pensava, mas eu senti bem forte uma dúvida: "o que eu vou fazer da minha vida?"
Eu realmente não sabia naquele dia. Eu só sabia o que eu não queria ser e isso já me ajudou muito.
Passo a passo, letra a letra eu me encontrei. E caminhei para uma vida que eu nem imaginava.
Simples? nem sei mais o que é simples, mas sei que não me importo mais com coisas que antes me incomodavam, entendi que a vida empurra a gente, mesmo quando ficamos estabacados no mesmo lugar. Assim sofro menos e vivo mais.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Perdão está longe de mim (Karina Gera)


O perdão não é só uma palavra e nem de longe permeia no limite do tangível.
Erros cometidos apenas uma única vez podem mudar nossas vidas para sempre. Uma lembrança dolorida te consome mais que um dia de desgaste físico, te corrompe os sentidos e entorpece a razão.
Perdão não existe, o que existe são caminhos que se escolhe para afastar-te das lembranças.
Magoas sempre te afogarão!
Perdão, mas eu não sei perdoar, então não cometa erros comigo!

Jogo de mim (Karina Gera)

Sereno era seu olhar, em uma dia sem sol, não temia o vento. Trovoadas nem arqueavam sua expressão calma. Olhava e nem falava nada, eu já entendi tudo. Um completava ou outro, em forma de carinho, cumplicidade. Não precisava explicar nada, porque não haviam dúvidas entre nós. Ano após ano de certezas. Um olhar que eu sempre quis que fosse só meu, e era.
Um dia o olhar ficou distante, mas o pensamento ainda enxergava todos os dias nas noites escuras quando o ponteiro do relógio era insistente.
Pensamento vagava, quanto tempo me enganei. Meu coração não me deixava mentir.
Eram doces as palavras que me consolavam, mas amargavam logo que as engolia.
Falta de autenticidade tem sabor amargo, credo!
Nunca gostei de jogar xadrez, por isso estou perdida neste jogo e não sei como voltar para minha casa.
Meu rei esta a minha espera. Volto logo!

Amor agora! (Karina Gera)

Quem sabe um dia amar! Sim, um sentimento daqueles que invade do começo ao fim, sem virgulas, espaços ou reticencias. Aamor não tem intervalo, a distância sufoca a alma e deixa a gente com um vazio que ocupa todo o ser.
Estou cansada de paixão, para mim este é um sentimento de gente covarde, que tem medo de se arriscar, medo de se decepcionar. Arrisco mesmo! Quero que dê certo, quero viver um ano em um dia e colocar calor no inverno. Não tenho receio de falar o que penso e nem de demonstrar.
Quente ou frio venha correndo, sóo não venha morno e com medo!

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Os direitos do pão (Karina Gera)




foto: internet

Fui aprender a fazer pão. Separei todos os ingredientes, coloquei em um recipiente e mãos a obra para sovar.
A massa ficou encorpada e na hora que fui assar, levei um susto, a massa soltou um grito:
“- Alto lá! Eu preciso descansar".
Ainda branca de farinha e pálida pela surpresa, perguntei o por que ela precisava de descanso?
Irritada, retrucou:
- “Acordo todos os dias cedo, dou duro o dia inteiro, aguento os maus tratos do padeiro, como o pão que o diabo amassou neste emprego e não vejo a cor do dinheiro".

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Plástico (Karina Gera)




Tenho a sensação de que a primavera não veio, as flores que ganhei eram de plástico e o perfume que eu desejei não pude sentir. Plástico! É a sensação que tenho das pessoas hoje, autômatas, inexpressivas , incapazes de exalar perfume algum. Quanto tempo dura uma flor de plástico? Espero que não seja até a próxima primavera.