quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Meias verdades (Karina Gera)





Eu cubro a mesa com um tecido meio transparente, meio reluzente, encobrir deixa tudo arrumado, coloco adornos escolhidos a dedo e tudo fica perfeitamente alocado.
Beleza! Procuramos mascarar o feio, o que nos incomoda, o que não nos atrai. Curta ou corte! Plástica é bom de mais! Maquiagem, photoshop, meia calça e meias verdades.
Espetáculo! O véu esticado fez uma mesa velha servir um jantar perfeito: comida boa, bebida gelada, papo agradável e sobremesa. Por favor, o café eu quero bem amargo, que é para eu voltar para a realidade.

sábado, 13 de outubro de 2012

terça-feira, 11 de setembro de 2012

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Um texto do Blog de Marla Queiroz sobre o plágio


"Quando alguém se apropria de um texto sem dar os créditos ao autor, essa pessoa se apropria de um momento, de uma história que a inspirou, da oscilação dos sentimentos, de trocas íntimas.Ela se apropria de uma transa, de um abraço, de uma vitória, de uma dor, de uma cura e de horas que foram dedicadas à elaboração daquilo. Ela se apropria de uma lembrança, de uma saudade, de uma angústia, de uma solidão, de um talento. Ela se apropria de algo que pode exemplificar exatamente o que ela queria dizer, mas que teria dito de outra forma.Ela não escreve uma história, ela escreve uma farsa.

Por mais que um texto meu pareça fluido ou que eu tenha “facilidade” em escrever, este é um ato solitário e de muita entrega. As palavras são temperamentais e, muitas vezes, arredias. Seduzi-las será sempre um desafio. Compartilhar um texto é um ato de generosidade, porque se compartilha, antes de tudo, uma nudez. E é essa honestidade que tantas vezes desanuvia o coração de alguém que descobriu que não está passando pela mesma situação sozinho. Compartilhar é uma forma de dar calor, de segurar a mão, de fazer um afago, de pedir colo. Por mais simples que seja um texto, ele sempre é fruto de muita leitura, estudo, autoconhecimento, conversa, observação e trabalho. Por isso, o autor merece respeito e consideração. Talvez algumas pessoas não saibam, mas textos são como filhos que a gente solta no mundo, mas todos eles têm uma certidão de nascimento, uma identidade, uma digital.E serão reconhecidos mesmo que desfigurados, porque têm DNA.

Marla de Queiroz

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Muralista!

A arte se manifestou cedo na minha vida, irmã de grafiteiro sempre gostei de pinturas em muros. O primeiro muro que pintei eu tinha 12 anos e gostei tanto que nunca mais parei. Em agosto de 2012 fui convidada para pintar um mural na Semana de Portinari em Brodoski e foi uma grande honra para mim participar deste projeto. Veja algumas fotos deste trabalho.
















sábado, 4 de agosto de 2012

Espião virtual (Karina Gera)


Desejar a vida que não se pode ter é uma prática masoquista.

Abra os olhos virtuais e viva o mundo real, tem muito sol aqui fora e o calor aquece a alma que nos impulsiona a sair do modo “stand by” para o modo “vivo on”. Já compartilhou um sorriso de verdade hoje?

quarta-feira, 18 de julho de 2012

InstrospectUM (Karina Gera)




Sob o travesseiro macio repousei todo o peso de meus pensamentos, no silêncio contínuo da noite um labirinto percorri. Retraí, fechei e nem os sonhos quis dividir. Recusei a ilusão, era preciso estar acordado para observar todos os detalhes. Analisei, refleti, chorei e sorri. Como é difícil olhar para si, há muito eu já tinha colocado a minha vida em modo stand by deixando tudo que se referia a primeira pessoa para segundo plano.
Definitivamente não sou plural, sou UM, apenas sou, ser basta-me.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Impressão (Karina Gera)




As marcas do sorriso não estão mais expressas no meu rosto, foram aprisionadas. 
Lembranças do passado foram trancadas em baús gigantes que tenho medo de remexer.

Poeira, mofo, sei lá o que posso encontrar!
 Não encontro as chaves deste invólucro de sentimentos. Preciso voltar!
 Não sei onde parei, como recomeçar?

Sinto falta de deixar o olhar perdido no nada, o pensamento vagando em sensações de euforia e o vento empurrando a gente para frente. 
 Me leva com você! Já cansei de gritar. Mas venta em outras direções.

Solto o corpo, assopro, mas a alma resiste em não dançar, não enxergo as cores.
 Sei que tenho uma porção de impressões que precisam sair do papel, a primavera já vai chegar!
Tenho pressa de enxergar o meu jardim florescer novamente.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Curvas (Karina Gera)

Crônica recém escrita por mim, foi publicada no jornal Comércio da Franca de 30/06/12.

Curvas




Curvas perigosas são as principais responsáveis pelos acidentes. Pesquisas comprovam que os homens se envolvem em mais acidentes que as mulheres, e o pior é que muitas vezes esquecem-se de usar o cinto de segurança e acabam perdendo o controle, o que torna o acidente ainda com mais chances de gravidez.

sábado, 23 de junho de 2012

Canto (Karina Gera)


 











Canto (Karina Gera)

Na sala eu canto
Na sala um canto
No canto da sala.

Na sala, canto, 
encanto...
Enquanto fala.

Sala de canto
Encanto de sala
Fala de encanto
Fala!

Fala que eu canto
Na mesa de canto
Na sala de espera
Te espero!

Me fala?
Me canta?
Me espera?
Me encanta!