segunda-feira, 19 de abril de 2010

Vida horizontal (Karina Gera)


Caminhei por uma estrada igual, reta. Passo a passo vi as mesmas folhas que caíram ontem. O vento que tocou o meu rosto não foi mais o mesmo, este já deve estar longe permitindo que outras pessoas tenham a mesma sensação de prazer, de vida.
Minha alma depende deste corpo para se mover, apesar de que muitas vezes meus pensamentos a levam para longe de mim.
Este paralelo entre o fazer e o querer conflitam-se diariamente, mas somente quando deixo meus sentimentos vagarem com o vento, posso afirmar que enxergo um horizonte infindável a ser percorrido.

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